OS MEUS SONETOS E OS DO FRADE
// continuação...
PÁTRIA UNIVERSAL
(3)
A
minha pátria é todo o mundo;
A
minha nação, a humanidade…
Este
sentir nobre, voraz, profundo,
Tem
as raízes já em tenra idade.
Eu
penso, vejo, e sinto universo…
Penso
em povo, não em cor ou raça.
Penso
em tudo: na face e no reverso.
Penso
paz e amor: não a desgraça.
Sonho
vida, desejo a liberdade.
Preconizo
o fim da vil tirania.
Ambiciono
eterna felicidade…
E
se durar para ver, certo dia,
Tornar-se
o meu sonho realidade…
Parto
calmo, envolto em fantasia.
SONETO DO ESTUDANTE
(exame)
(4)
Lá
vem! Temível, monstro horrendo,
Abraçar-me,
em um abraço de morte.
Fala-me,
gesticula – não o entendo!
Fujo.
Cego, não encontro o norte.
Pálido,
tremendo, ao seu encontro vou
(como
atraído por íman gigantesco).
Já
imagino – devaneio? – que sou
Vítima
desse verme vampiresco.
Espreme-me
(bruto, feio) como limão!
Mas,
em lugar de sumo verto sangue…
É
monstro fero, duro, sem coração!
E
quando me vê vencido, já exangue,
Recomenda-me
a receita da ilusão:
«Toma chá de papoila, chá de bangue!»
// continua...
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