OS MEUS SONETOS E OS DO FRADE
Por Joaquim A. Rocha
// continuação...
CONTRASTE
De
nome, só de nome, és tão formosa!
Mas
de belo, fascínio, doce encanto…
De
alma és gigante – tão generosa!
Porquê,
natureza, do pouco tanto?!
És
dedicada, nobre, graciosa…
Se
te cobrissem belíssimo manto
Eras,
no altar, Madona Preciosa…
Que
ao vulgo importa mais o pranto.
Pudera
em espírito adorar-te…
Porém
meu ser a outrem entreguei.
Agora,
triste, apenas vou chorar-te,
Juntamente
com o que por mim chorei,
Da
mágoa que sinto só poder dar-te
Um
“amor” que para ti eu inventei!
Jaime Murteira - Paisagem melgacense |
DESEJO
Tomei-te
em meus fortes braços ó musa
E,
sedento, teus rubros lábios beijei.
Lá
fora, dolorosa… calma chuva,
Cai.
E longo, longo abraço eu te dei.
O
prazer, a raiva, a dor, se fundiram
Num
abraço sem tempo e sem horas!
Solidários,
nossos corpos se uniram.
E
mais, mais gozo e prazer imploras.
Nossos
espíritos do corpo se libertam;
Nossa
imaginação brota e voa sem fim…
São
momentos sem roteiro os que passam.
Instantes
da nossa vida, assim,
Compensam,
o que à morte sacrificam
Os
seres deste sempre igual jardim!
// continua...
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